segunda-feira, 5 de abril de 2010

Royal Joker




Confesso que já havia uma expectativa sobre a banda que vou falar hoje, se trata de uma banda nova da capital chama Royal Joker, formada por Núbio Vidal (vocal), Marcelo Rossas (guitarra), Roberto Borges (guitarra), Alencar (Baixo) e Franzé (bateria).

Os caras acabaram de lançar seu primeiro EP contendo 5 faixas, entre baladas, psicodelias, regionalismos e punk.

Inevitável dizer que são no mínimo ousados em cantar em inglês num país que se sente tão inferior ao resto do mundo que tal atitude é tida como desvalorizar a cultura daqui, o que pra mim é uma completa bobagem, afinal ninguém fala mal dos suecos do The Hives ou dos Alemães do Scorpions por cantar em inglês não é?

Começo dizendo que a gravação e a mixagem estão boas, e depois de receber algumas reclamações por ser “genérico de mais” tentarei explanar de forma mais concisa minhas idéias a partir de hoje.

Indo pela ordem de exposição do MySpace da banda, começo falando de Hold Me, que tem um levada dançante e uma genial batida eletrônica na ponte que se estende pelo refrão, se dessem mais peso nos som, com um pegada mais forte na bateria e com distorções mais potentes e mais “agressividade” ficaria ainda mais parecido com o Weezer, o que séria de todo bom, indo para a Any Day a balada do EP, onde se pergunta quem exatamente o e que representa essa menina que gosta de poesia, é gostosa de se ouvir, e a cozinha concisa e brilhantemente elaborada onde baixo e bateria fazem um dueto perfeito, variando juntos o que deixa a música empolgante embora seja uma balada, em Why Do Look At Me, a terceira música do EP, a banda muda totalmente o foco e aposta num punk/pop rock, que acredito que ainda faltou raiva suficiente para deixar a música 100%, embora seja muito bem elaborada, pois é difícil fazer com que uma música bem tocado soe como punk, e acho que poderia ter dado mais volume ao baixo que só é possível ouvir com clareza com fones de ouvido, a dinâmica da música é excelente, em Dopamine é uma das mais geniais músicas desse EP, que não é nem um pingo comercial, talvez por isso tão boa, da pra se misturar as emoções desde calmaria até saudade e angústia nos riffs entre os versos, a música tem algo que embora simples é raro encontrar tal atitude nas bandas de rock atuais que é a mudança de compasso de 4/4 para 3/4 o que dá um charme especial, e não posso me furtar de dizer que o solo da segunda parte da música (que mais parecem duas distintas o que a torna mais charmosa ainda) é uma prato cheio para os viúvos e viúvas da banda inglesa oasis, e casa perfeito com o groove do baixo na segunda parte, finalizando agora em supernova que mais uma vez a banda surpreende, pois tem estilo prorpio mas possuí uma versatilidade incrível dentro dessa personalidade, e misturam uma bateria de Baião com rock o que da um fôlego impressionante a música, o efeito psicodélico que há na ponte combina perfeitamente com a proposta da letra e sem dúvida é uma ótima música pra se pular bastante.

Infelizmente não fiquei sabendo sobre datas de possíveis shows, o que é uma pena, pois a banda funciona muito melhor ao vivo do que em MP3, palavra de quem já foi a um show.

Agora, considerações finais sobre a banda: excelentes músicos, excelentes músicas, músicas essas que bem acessiveis, grudão na cabeça e facilimas de gostar, falta um pouco de agressividade pra ficar 100%, uma banda que embora tenha lançado um EP 5 músicas completamente diferentes uma das outras é notório a personalidade do grupo, resumindo, estão de parabéns, o único azar da banda foi ter nascido no Brasil, mais especificamente no ceará, local onde se desvaloriza tudo que é da terra e ninguém lhe da oportunidade pra nada.

Para curtir o som da banda e saber mais informações:

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